A borboleta é um ser único, cheio de fases, mudanças e transformações. E ela era como essa borboleta.

A garota era como a borboleta azul, única e de uma beleza incompreensível. Ela viajava por diferentes mundos, e sorria para tudo ao seu redor. Era tudo muito diferente, e ela tinha sorte de estar ali.

Ela não estava sozinha. A pequena borboleta azul sempre tinha ao seu lado alguém, alguém que a amava com grande imensidão. Alguém, que sacrificaria uma cidade inteira por ela, se fosse preciso.

As duas sofriam por perdas, por amores perdidos, mas acima de tudo, sofriam por saudade. A borboleta azul continuava a se transformar, se tornando cada dia mais bela. E cada vez mais frágil.

O mundo é um lugar severo, é um lugar onde existe coisas ruins. Mas, ao mesmo tempo, existe sonhos e esperanças para um recomeço.

O passado sombrio precisava ser esquecido. Era necessário continuar. Era necessário sobreviver.

Mas quanto tempo mais a borboleta aguentaria?

Ninguém sabe ao certo, nem mesmo a pessoa que a amava. Existe um ciclo, onde todos nascem, se transformam e morrem. Quanto tempo demoraria para a pequena borboleta se esvair, transformando-se em uma simples lembrança?

Quanto tempo demoraria para que ela se transforme em apenas poeira? Em apenas pó de estrela? Essas eram perguntas que ninguém ousava responder. Pois a resposta, machucava, como adagas sendo cravadas em um coração apaixonado.

Era tudo claro, seria logo.