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Faz tanto tempo que eu não escrevia

by - dezembro 24, 2022

Faz tanto tempo que eu não escrevia, admito que não sei por onde começar. Passei por diversas transformações esse ano, fui quebrada em pedacinhos muitas vezes, e tantas vezes tive que me reconstituir e ressignificar essas sensações abundantes, boas e ruins, profundas e estáticas.

Acho que quase abandonei esse espaço, mas como em cada final de ano, uma energia de recomeços e coisas novas me inunda, me afogando em emoções circulares que me fazem despejar palavras em versos e parágrafos. Admito que ultimamente tenho tido muita inspiração, e um admirador do meu trabalho anda me incentivando muito também (vou esperar você ler isso, não vou te contar). 

Tenho voltado a escutar música, ela me salvou muitas vezes esse ano. Acho que esse foi o melhor ano da minha vida, mas também o mais desafiador e difícil. Achei que não ia aguentar muitas vezes, mas conheci pessoas incríveis que me ensinaram que não estou sozinha, que sou amada e que também tenho a capacidade de amar. Não sei o que vai ser do próximo ano, mas espero coisas boas. Tenho sentido tanta saudade de escrever, de criar, de sentir. Mas amo a arte da mesma maneira que gosto dos guitarristas das minhas bandas favoritas (e também daqueles que possuem carreira solo, ou que estão prestes a começar).

Ano que vem estarei rodeada de arte e artistas, da maneira que sempre sonhei. Me afastei de pessoas que me puxavam para baixo, e aprendi a reconhecer bandeiras de sinalização de perigo. Espero que elas continuem apitando no futuro, para que eu não deixe espinhos de rosas me machucarem (a beleza delas não é o suficiente para deixar nossos dedos sangrarem).

Esse ano eu conheci duas bandas que se tornaram as minhas favoritas, lado a lado com Supercombo (que me acompanha desde que eu tinha 15 anos). Meu coração foi arrebatado por Terno Rei e por O Grilo, que me salvaram de tantas formas que eu não sei nem explicar, só agradecer por terem me mantido viva. E enquanto escrevo esses versos, escuto versos de Violeta, que deixam minha alma extremamente púrpura.

Me sinto verdadeiramente nostálgica, e é engraçado escrever esse texto, pois sinto que amadureci muito, ele é totalmente diferente de tudo que já escrevi. Mas sei que arte é feita de evoluções, e saber que mudei significa que cresci, como pessoa, profissional e tudo mais que engloba o meu ser. Acho que finalmente me encontrei e me amo verdadeiramente. Estou pronta para novos ciclos, me curei de manchas do passado, e agora vejo que as cicatrizes do meu jardim realmente cicatrizaram. Agora só existem flores, das mais diversas cores, que me incendeiam em um arco-íris de luz.

Agora está tocando Medo, e escuto o vocalista dizer que não tem mais medo, e que observa o céu mudar em cores. Eu acho que também não tenho mais medo de voar, Ale, seja para o Sul, ou para o Norte. Também não tenho medo do futuro, da minha carreira ou mesmo do meu próximo título acadêmico. Hoje sei que estou pronta para o que está chegando.

E de qualquer forma, não estou mais sozinha. Acho que nunca estive sozinha, na realidade, eu só estava olhando para as pessoas erradas. Mas acho que trocar de óculos me ajudou a focar nos alvos certos. Esse ano eu recebi conselhos, carinhos e cuidados. Senti coisas que nunca senti antes, e me fizeram entender que eu mereço sim ser feliz. Me senti bem-vinda, me senti cuidada, me senti amada. Estou cada vez mais saudável, talvez não totalmente, mas o progresso que tive esse ano foi extremamente grande.

Obrigada por me fazer sorrir, vida linda e tão complexa. Continue me surpreendendo e me mostrando o quanto é bom viver.

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